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Uma cirurgia de mama é um procedimento comum, mas, como qualquer intervenção médica, pode apresentar riscos. Diversos fatores podem aumentar as chances de complicação pós operatórias.
Neste texto, explicaremos os principais fatores que influenciam esses riscos e como minimizar suas chances de ocorrer.
Cada tipo de cirurgia de mama tem suas particularidades, e isso influencia nas taxas de complicações:
Reconstrução com Implantes: Cirurgias que utilizam implantes (próteses) para reconstruir a mama tendem a ter riscos específicos, como infecção ao redor do implante, contratura capsular (endurecimento do tecido ao redor do implante) e, em casos raros, ruptura do implante.
Reconstrução com Tecido Próprio: Quando a reconstrução é feita com tecido da própria paciente (como do abdome ou das costas), as chances de complicações podem aumentar, principalmente em relação ao "retalho" (tecido transplantado) não receber sangue suficiente e, eventualmente, apresentar necrose (morte do tecido).
Cirurgia Estética: Em cirurgias de aumento ou redução de mama, ou na mastopexia (para levantar a mama), as complicações mais comuns incluem infecção, hematomas (acúmulo de sangue) e problemas com cicatrização. A incidência de complicações em cirurgias estéticas tende a ser mais baixa que nas reconstruções, mas ainda assim merece atenção.
A chance de complicações não é a mesma para todas as pessoas. Alguns fatores podem aumentar essa chance.
Fatores de riscos comuns a todas as pessoas:
Tabagismo: O cigarro prejudica a circulação sanguínea e afeta a capacidade do corpo de cicatrizar. Isso significa que, em pacientes fumantes, as complicações são mais comuns e podem incluir desde má cicatrização até infecções mais graves.
Obesidade: O peso corporal elevado é outro fator que pode aumentar o risco de complicações, especialmente nas reconstruções. Em pacientes com obesidade, o fluxo sanguíneo e a capacidade do corpo de cicatrizar podem estar comprometidos, aumentando a frequência de problemas.
Idade Avançada: Pacientes mais velhos podem ter maior incidência de complicações, pois o processo de cicatrização tende a ser mais lento, e a pele pode estar mais frágil.
Radioterapia: Pacientes que passaram por radioterapia podem ter um tecido mamário mais sensível e menos vascularizado (com menos circulação de sangue). Isso aumenta o risco de complicações, principalmente em cirurgias reconstrutivas, pois o tecido danificado pela radioterapia pode cicatrizar com mais dificuldade.
Fatores de riscos específicos da cirurgia e da paciente
Tipo de Mastectomia: A forma como a mastectomia (remoção da mama) é realizada influencia o risco. Procedimentos que removem mais tecido tendem a ter mais complicações na cicatrização.
Tipo de Implante: O tipo de implante (material e textura) também influencia a incidência de problemas. Implantes texturizados, por exemplo, têm uma chance um pouco maior de causar contratura capsular do que os implantes lisos.
Tipo de Retalho: Quando a reconstrução usa tecidos de outras partes do corpo, como o abdome ou costas, o tipo de retalho (ou pedaço de pele e músculo usado) afeta a recuperação. Retalhos maiores ou com menos circulação podem ter mais complicações, como necrose.
Uso de Enxerto de Gordura: Enxertos de gordura, que são usados para dar forma e volume à mama, podem aumentar o risco de complicações, especialmente se o enxerto não se integrar bem ao tecido mamário.
Tamanho da Mama (Implante): O tamanho do implante também interfere. Implantes maiores exercem mais pressão sobre a pele e os tecidos, aumentando o risco de problemas como infecção e má cicatrização.
Cirurgia Bilateral: Cirurgias em ambas as mamas têm um risco maior de complicações em comparação com cirurgias em uma mama apenas, devido ao maior tempo de procedimento e maior área de cicatrização.
Embora a maioria das cirurgias de mama tenha bons resultados, estudos mostram que complicações ocorrem em um número significativo de casos. Aproximadamente:
10-15% das pacientes podem ter algum tipo de complicação menor, como um pequeno seroma ou hematoma, que normalmente não requer grandes intervenções.
5-10% das pacientes podem precisar de uma segunda intervenção para corrigir algum problema, como uma infecção mais séria ou necrose de pele.
Em casos de reconstrução mamária com retalho de tecido próprio, a taxa de necrose de retalho pode variar de 1-5%.
Confira aqui um artigo específico sobre as "Complicações na Cirurgia Plástica".
A oxigenoterapia hiperbárica (OHB) pode ser um aliado importante para reduzir a frequência e a gravidade das complicações. A OHB ajuda a melhorar a circulação sanguínea e a oferta de oxigênio nas áreas afetadas pela cirurgia, acelerando o processo de cicatrização e reduzindo as chances de infecção, necrose e outros problemas.