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O lipedema é uma condição que causa o acúmulo anormal de gordura nas pernas, quadris e, em alguns casos, nos braços. Esse acúmulo de gordura pode causar dor e outros sintomas que afetam o bem-estar.
Muitas vezes, o lipedema é confundido com outras condições, como obesidade ou linfedema (inchaço por acúmulo de líquido).
Entender o que é o lipedema e como tratá-lo pode ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas.
O lipedema é uma condição que afeta principalmente mulheres e, em geral, começa na adolescência, na gravidez ou na menopausa, quando o corpo passa por mudanças hormonais.
Ele faz com que as pernas e quadris acumulem gordura de forma simétrica (nos dois lados do corpo). Além do aumento de volume, a pele pode ficar sensível e até dolorida ao toque. Em muitas pessoas, o lipedema causa hematomas com facilidade (surgem manchas roxas rapidamente, mesmo com pouco impacto).
Não se sabe ao certo quantas mulheres têm lipedema, mas ele parece ser mais comum do que se imaginava, já que muitas pessoas vivem com ele sem um diagnóstico correto. Alguns estudos estimam que cerca de 1 em cada 10 mulheres pode ter lipedema, embora esses números ainda não sejam muito precisos.
Muitas vezes, o lipedema é confundido com obesidade (excesso de peso) ou com inchaço nas pernas causado por acúmulo de líquidos, chamado linfedema. Por causa dessa confusão, é comum que as pessoas demorem a receber o diagnóstico correto.
O diagnóstico do lipedema é feito com base na história clínica (sintomas e características do paciente) e no exame físico.
O médico pergunta sobre quando os sintomas começaram, avalia o padrão de acúmulo de gordura e observa a presença de dor e hematomas.
Durante o exame físico, o médico observa que a pele e o tecido logo abaixo são mais firmes e não mostram sinais de retenção de líquido (sinal de Stemmer), que é negativo no caso do lipedema. Isso diferencia o lipedema de outras condições, como o linfedema.
Em alguns casos, exames de imagem, como ressonância magnética (RNM) ou linfocintilografia, podem ser usados para diferenciar o lipedema de outras condições, como o linfedema e a obesidade. Essas imagens ajudam a confirmar o diagnóstico e mostram como a gordura está distribuída nas pernas e quadris.
Dr. Wright demonstra sinais físicos de lipedema
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Muitas vezes, o lipedema é confundido com a obesidade, porque ambas as condições causam acúmulo de gordura. No entanto, ao contrário da obesidade, o lipedema é caracterizado por dor e inchaço, além de um acúmulo específico de gordura nas pernas e quadris, com o restante do corpo podendo não ter o mesmo acúmulo.
Outro problema frequentemente confundido com o lipedema é o linfedema, que é o inchaço devido ao acúmulo de líquido nos tecidos. Diferente do lipedema, o linfedema geralmente afeta um lado do corpo mais do que o outro e tende a piorar ao longo do dia. No lipedema, o inchaço é simétrico e não muda muito ao longo do dia.
Ainda não se sabe exatamente o que causa o lipedema, mas existem algumas ideias sobre o que pode estar envolvido:
Genética (Hereditariedade): Muitas pessoas que têm lipedema percebem que outras mulheres da família também apresentam os mesmos sintomas. Isso sugere que o lipedema pode ser hereditário, ou seja, passado de geração em geração dentro de uma família.
Hormônios: O lipedema costuma aparecer em momentos de mudanças hormonais no corpo, como a puberdade, gravidez ou menopausa. Esses períodos envolvem o hormônio estrogênio, que pode estimular o acúmulo de gordura nas pernas e quadris, áreas mais afetadas pelo lipedema.
Problemas na Gordura: A gordura que se acumula nas pernas e quadris das pessoas com lipedema tem algumas diferenças em relação à gordura comum. Essa gordura é difícil de ser reduzida, mesmo com dieta e exercícios. Ela também tende a ficar inflamada, o que pode causar dor e sensibilidade ao toque. Com o tempo, essa inflamação faz com que o lipedema piore.
Dificuldade na Circulação: Embora o lipedema não seja, em si, um problema no sistema linfático (sistema que ajuda a drenar líquidos do corpo), o acúmulo de gordura pode pressionar os vasos linfáticos e dificultar a circulação de líquidos e sangue. Esse problema de circulação contribui para o inchaço e o desconforto nas pernas.
1. Acúmulo de Gordura nas Pernas e Quadris
O sinal mais comum do lipedema é o acúmulo de gordura nas pernas e quadris, que aparece dos dois lados do corpo, de forma igual. As pernas podem parecer mais grossas, e o corpo fica com a parte de baixo desproporcional em relação ao tronco. Normalmente, o pé não é afetado, então o acúmulo de gordura fica bem concentrado acima dos tornozelos.
2. Dor e Sensibilidade ao Toque
As áreas onde a gordura se acumula costumam ser doloridas e sensíveis. A dor pode variar de leve a intensa e pode ser sentida mesmo com um toque suave. Caminhar ou fazer atividades simples pode causar desconforto, pois a pele e os tecidos ficam muito sensíveis.
3. Hematomas Fáceis (Manchas Roxas)
Pessoas com lipedema tendem a ter manchas roxas com muita facilidade. Isso significa que, mesmo com um toque ou batida leve, a pele fica marcada. Isso acontece porque os vasos sanguíneos próximos à pele ficam mais frágeis e rompem com mais facilidade, criando hematomas.
4. Inchaço nas Pernas
O acúmulo de gordura pode pressionar os vasos que ajudam a drenar os líquidos do corpo, causando inchaço nas pernas. Esse inchaço tende a ser constante e não melhora muito ao longo do dia. Diferente de outros tipos de inchaço, o inchaço do lipedema não diminui com descanso.
5. Dificuldade para se Movimentar
Com o tempo, o acúmulo de gordura e a dor constante podem dificultar os movimentos. Andar e fazer atividades do dia a dia se tornam mais difíceis, especialmente em casos mais graves, onde as pernas ficam muito pesadas. Isso pode levar a menos atividades físicas, o que faz com que a condição piore com o tempo.
O lipedema pode piorar ao longo do tempo, e isso é dividido em quatro estágios:
Estágio 1: A pele ainda é lisa, mas já há acúmulo de gordura nas pernas e quadris. A dor e a sensibilidade ao toque são leves.
Estágio 2: A pele começa a ficar com pequenas ondulações e pode aparecer como “casca de laranja”. A dor e os hematomas se tornam mais frequentes.
Estágio 3: A pele fica mais grossa, e os depósitos de gordura são maiores, especialmente nas coxas e quadris. A mobilidade começa a ser mais afetada.
Estágio 4: Esse é o estágio mais avançado. A gordura acumulada causa deformações nas pernas e quadris, e a dor e o inchaço se tornam intensos. Nesse estágio, é comum que a pessoa tenha dificuldades de locomoção.
O tratamento do lipedema tem como objetivo melhorar a função física e prevenir complicações. Embora o lipedema não tenha cura, algumas medidas podem ajudar a aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.
Controle de Peso: Manter um peso saudável pode ajudar a reduzir o impacto do lipedema no corpo, embora o controle de peso por si só não resolva o problema do acúmulo de gordura. Uma dieta equilibrada e a prática de exercícios físicos podem ajudar a evitar o ganho de peso.
Terapia de Compressão: Roupas de compressão, como meias e leggings, ajudam a reduzir o desconforto e o inchaço nas pernas. Elas comprimem suavemente a pele, o que pode aliviar a dor e melhorar a circulação.
Exercícios Físicos: Exercícios, especialmente atividades de baixo impacto, como caminhadas, natação ou hidroginástica, ajudam a manter as pernas ativas e a reduzir o inchaço. Esses exercícios melhoram a circulação sanguínea e ajudam a evitar que o acúmulo de gordura cause complicações.
Lipoaspiração: Em casos mais avançados, onde há grande acúmulo de gordura que causa muito desconforto, a lipoaspiração pode ser considerada. Este procedimento remove o excesso de gordura das áreas afetadas, aliviando a dor e melhorando a mobilidade. No entanto, a lipoaspiração não cura o lipedema e pode precisar ser combinada com outras terapias para um resultado melhor.
A oxigenoterapia hiperbárica (OHB) pode ajudar a aliviar alguns dos sintomas do lipedema, especialmente a dor, a inflamação e a dificuldade de cicatrização em casos avançados:
Redução da Dor e Sensibilidade: A OHB ajuda a reduzir a inflamação no tecido adiposo, o que pode aliviar a dor e a sensibilidade nas áreas afetadas. O oxigênio extra nos tecidos reduz a pressão e o desconforto nas pernas, melhorando a qualidade de vida do paciente.
Melhora da Circulação e Redução do Inchaço: A OHB melhora a circulação nas áreas com acúmulo de gordura, ajudando a aliviar o inchaço. Com melhor circulação, os vasos linfáticos conseguem drenar os líquidos mais facilmente, diminuindo o inchaço e o desconforto nas pernas.
Fortalecimento dos Vasos Sanguíneos: A OHB fortalece os vasos sanguíneos fragilizados, o que ajuda a reduzir a formação de hematomas. Com vasos mais resistentes, a pele fica menos propensa a apresentar manchas roxas frequentes.
Ajuda na Recuperação em Casos Avançados: Nos estágios mais avançados do lipedema, onde há mobilidade reduzida e complicações na pele, a OHB pode ajudar a acelerar a cicatrização de possíveis feridas e fortalecer a pele, melhorando a condição geral dos tecidos afetados.