Interessado em Oxigenoterapia Hiperbárica?
O estudo foi uma pesquisa transversal voluntária administrada on-line e aberta a profissionais de saúde que eram membros da Undersea and Hyperbaric Medical Society (UHMS).
A própria UHMS distribuiu o link da pesquisa. O período da pesquisa durou de novembro de 2022 a janeiro de 2023. Os dados foram coletados utilizando a plataforma Qualtrics e analisados por meio do Microsoft Excel.
O estudo completo da UHMS você pode acessar em:
https://www.uhms.org/sv/publications/uhm-journal/uhm-journal-ahead-of-print/uhm-journal-ahead-of-print/680-manuscript.html
A seguir, um breve resumo dos principais pontos.
Introdução
- O oxigênio hiperbárico (OHB) é um tratamento não cirúrgico para cicatrização e regeneração de feridas.
- A UHMS aprova OHB para 14 condições médicas, com pressões terapêuticas entre 2.0 e 3.0 ATA.
- Não há consenso sobre a pressão ideal, com variações dependendo da condição tratada e histórico do paciente.
- Pressões acima de 3 ATA podem causar toxicidade de oxigênio, limitando seu uso.
- A pesquisa visa entender quais pressões são mais usadas pelos médicos para diferentes condições e coletar dados sobre efeitos adversos.
Métodos
- Pesquisa transversal online feita com membros da UHMS, conduzida entre novembro de 2022 e janeiro de 2023.
- Participaram apenas profissionais de saúde fluentes em inglês.
- A pesquisa abordou demografia, pressões utilizadas, condições tratadas e eventos adversos.
- As respostas foram analisadas por estatísticas descritivas.
Resultados
- 265 médicos responderam, com maioria dos Estados Unidos (81,2%).
- 52,3% trabalhavam em hospitais comunitários, com predomínio em Medicina Hiperbárica e Tratamento de Feridas.
- A maioria dos profissionais tinha mais de 20 anos de prática.
- A pressão mais utilizada foi 2,4 ATA (35,2%), seguida de 2,0 ATA.
- 62,3% usavam câmaras monoplace e 22,6% multiplace.
- Houve diversidade de respostas sobre a escolha da pressão, sendo o diagnóstico o principal fator de decisão.
- Quanto aos eventos adversos, os mais comuns foram miopia, barotrauma e ansiedade de confinamento.
- A maioria dos profissionais estava satisfeita com os resultados do tratamento.
Discussão
- A literatura mostra benefícios celulares em pressões mais altas, mas sem resultados clínicos conclusivos.
- Comparações de protocolos em diferentes condições, como cistite por radiação e úlceras diabéticas, não mostraram diferenças significativas nos resultados.
- A falta de evidências clínicas claras sobre os benefícios de pressões mais altas pode justificar a diversidade de práticas.
- Os eventos adversos reportados foram geralmente benignos e controláveis.
- Estudos futuros devem focar em comparar pressões mais altas e mais baixas para entender melhor os riscos e benefícios.
Limitações
- A pesquisa foi limitada a falantes de inglês e não houve análise de confiabilidade e validade.
- As respostas sobre satisfação foram subjetivas e não especificaram a pressão utilizada.
Conclusão
- Não há consenso sobre a melhor pressão para tratar com HBO. A escolha deve levar em conta fatores como gravidade da doença e preferências individuais.
- Estudos prospectivos são necessários para comparar a eficácia de diferentes pressões e avaliar a satisfação dos pacientes.